O blog agora vai ter um quadro chamado ''Caixa Preta'', onde nosso novo colaborador irá publicar contos de horror. Então sem mais demora entre na mente de Felipe Nunes o escritor do conto:
FOME E SANGUE
Nós
éramos quatro, eu ,Justine, Mario e Pedro tínhamos uma vida feliz, sempre que
podíamos saiamos para ter contato com a natureza, escaladas, rapel. E qualquer
coisa que nos interessa-se como dizia Thoreau, só o contato com a natureza cria
homens realmente puros.
Eu
me chamo Nilton e namoro a Justine, nos conhecemos na faculdade de
antropologia, Pedro estava se preparando para ser padre por vários motivos, a
dificuldade em entender o mundo, a morte da mãe, a relação conflitante com o
pai. Mario
era dono de um supermercado, que herdou do pai que a propósito ele odiava
aquele lugar, ele uma vez me disse que se possível em uma noite tocaria fogo
naquele lugar e ficaria com o dinheiro do seguro. Bem eu é os caras éramos
amigos desde infância. Justine assim que os conheceu também se tornou amiga
deles, Pedro parece um emo às vezes com aquele jeito meio deprimido, já Marcos
e ruivo e sardento eu bem sou um cara sem muito atrativo, branco cabelo meio
crespo, em fim nada que se atrai uma mulher como Justine, parecia uma modelo,
morena cabelos lisos, mais muito inteligente na verdade sempre na minha frente
nas notas em tudo. Bem resolvemos acampar naquele final de semana, preparamos
tudo comida, a barraca em fim todos os itens indispensáveis. Fomos o uma área
densa, gostávamos de acampar em lugares de difícil acesso para nós só havia
graça desta forma. Para que acampar em lugarzinho já conhecido cheio de outros
campistas. Não isso não tinha graça. Nós finalmente chegamos a uma área pouco
acessível era lindo sabe como o céu é quando não há luzes da cidade para
ofusca-lo, magnífico eu vi constelações e estrelas, que nunca tinha visto,
fizemos uma fogueira, e nos sentamos em volta, parecia um típico filme de terror
cafona:
- Olha alguém aqui conhece a história do Wendigo? – Perguntou ele
olhando para nos enquanto comia batatinhas fritas. Eu dei um bocejo já estava
com um pouco de sono e coloquei meu braço em volta do ombro de Justine, Pedro
olhou para ele, com uma cara de tédio:
- Outra lenda urbana idiota,
que você conhece toda vez que nos reunimos e a mesma coisa cara! – Falou ele
impaciente, Justine deu um sorriso e falou colocando as mãos próximas da
fogueira:
- Hora eu amo as histórias
que o Mario conta vai me fala, um pouco deste Wendi... Como é mesmo? – Falou
ela rindo.
- Wendigo! Eu conheço essa
lenda. – Falei abraçando ela um pouquinho mais forte. Mario me olhou com uma
cara de raiva, ele queria surpreender todo mundo com os “terríveis” contos de
terror. Eu deixei que ele contasse ia ate fingir surpresa para agrada-lo.
Ele começou bem eu já
conhecia a história e sobre pessoas que ao praticar canibalismo são possessas
por espíritos demoníacos e se tornam e bestas sedentas por sangue, e carne
humana. Eu ouvi a história Pedro
resolveu ler a bíblia para resolver algumas questões de teologia, Justine
estava achando meio sem graça mais preferiu fingir interesse, quando ele
terminou eram mais ou menos 1 h 00 min. Eu já estava dormindo sentado quando
ele terminou fomos dormi Pedro já dormia, o seu já estava meio nublado. Eu
estranhei não percebi a mudança do clima de forma tão repentina. Fui dormi com
Justine na barraca, já Mario ficou do lado de fora com Pedro. Eu quando dormi
comecei a ter um estranho sonho onde uma besta aparecia e arrancava a cabeça de
Mario, depois estraçalhava Pedro, estuprava Justine, e a devorava depois,
quando a criatura de olhos vermelhos e pelo se virava para mim, eu dava um
grito, ela não tinha se virado para mim e sim para um espelho eu era a besta.
Acordei em pânico com o sonho, mais também com um baita trovão, e com Justine
me chamando:
- amor acorda ta serio a
situação lá fora! – Eu me levantei atordoado e vi que chovia forte, quando a
barraca foi arrancada do chão e levada pelo vento, eu vi Pedro tentando arrumar
as coisas dentro de uma mochila e Mario encolhido no saco de dormi:
- Temos que sair daqui! –
Disse Pedro gritando, para podermos ouvir já que o barulho era muito alto da
chuva e do vento, vinha um clarão der repente de relâmpagos, que clareavam
tudo. Eu me lembrei de uma caverna perto do acampamento, Eu gritei para que todos
me seguissem, Pedro deu um chute na bunda de Mario para ele se levantar e nos
seguir. A barraca parecia um velho fantasma bailando sobre o vento e o brilho
dos relâmpagos. Fomos ate a caverna era grande, mais meu erro é que não percebi
que acima dela ficava um talude. Assim que entramos ele rompeu e um monte de
areia e lama cobriu completamente a entrada. No desmoronamento uma pedra caio
sobre a perna de Marcos que deu um grito. Nos o puxamos para longe da entrada.
Pedro pegou uma lanterna para iluminar lá dentro que estava um breu desde que a
saída foi encoberta. Todos estavam molhados e cobertos de lama, Mario gemia de
dor. Fui examinar e vi que ele estava com uma baita torção.
- Pedro você trouxe a caixa
de primeiros socorros com você?- Ele não me respondeu ele iluminava as paredes
da caverna úmida, não havia desenhos, nem gravuras, era só uma caverna.
- PEDRO! – Eu gritei, ele me
olhou e iluminou a perna de Mario. Abriu a mochila e tirou uma caixa laranja. E
jogou para mim. Eu enfaixei a perna de Marcos. E depois fui até Justine para
ver se ela estava bem. Ela acenou com a cabeça enquanto colocava o
casaco em forma de um bolo sobre a cabeça de Mario. Eu tentei com Pedro ver se
conseguíamos abrir a saída, mais percebemos que se forçássemos de mais podíamos
provocar outro deslizamento. E dessa vez sermos soterrados por completo. A
noite passou nos acomodamos e tentamos ignorar os gemidos e lamurias de Mario,
me abracei com Justine e pedi para Pedro ficar de vigia caso ouves se alguém La
fora ou Mario precisasse de ajuda. Dormi abraçado com Justine seu cheiro era
bom. Estávamos-nos com muito calor a caverna era quente e de certa forma
apertada. Passou um dia contei pelo relógio pelo passar das horas, estava com
fome e com sede, para piorar nossa situação Pedro se esqueceu de pegar a comida
e a água. Eu cheguei a cogitar em minha mente em encher minha boca com aquela
lama, mais não disse nada a ninguém. Depois de um tempo começamos a brigar por
motivos bobos. Pedro entrou em atrito com Mario, por causa de ele esta rezando,
e Mario resmungar alguma heresia. Eu
estava ficando preocupado, até Justine entrou em defesa do Mario. Eu tive que
entrar para tentar apaziguar. Horas se passaram de silencio eu já não fazia
mais ideia de quanto tempo estávamos naquela maldita caverna, a fome apertava,
eu sentia cada vez mais desejo, de comer aquela lama. Pedro fazia rezas mais desta vez meio sem
sentido, ele misturava Dionísio, Cristo e Ala eu estava com medo. Quando
percebi Justine estava com a cabeça de marco sobre seu colo. Eu por um momento
pensei como o coração dela deveria ser saboroso. Pedro olhou para mim e sorriu.
Eu me afastei para o canto. E cochilei, acordei com gritos, quando olhos Pedro
esta com uma faca, tentando matar Marcos Justine me sacudindo pedindo minha
ajuda. Eu me joguei contra Pedro que começou bolar comigo por cima do corpo de
Marcos, nos bolávamos, sobre sua perna feria e ele gritava de dor, Pedro me
dominou, e disse:
- Seu tolo, alguém deve morrer
para termos mais um dia de vida, e devem ser o Judas, ele e sua meretriz! –
apontando para Justine eu entrei em ira peguei uma pedra próxima e arrebentei
sobre a cabeça, de Pedro ele caiu morto, eu me afastei, em pânico. Horas se
passaram em silencio Justine se aproximou de mim me beijou.
- Você fez a coisa certa,
ele estava louco. – disse ela me beijando. Mario estava ainda machucado. Eu
olhei para ele e senti uma repulsa um ódio misturado com loucura. Mais horas
naquela eternidade se passaram, Marcos disse:
- Eu tenho tanto nojo de
fazer essa merda quanto vocês, mais todos aqui sabem que é necessário se
quisermos sobreviver. – Ele apontou para o cadáver de Pedro, eu vomitaria se
tivesse o que vomitar. Nós sedemos a bestialidade e a necessidade de
sobreviver, devoramos cada pedaço de algo que antes foi nosso amigo. Depois de
um tempo saciados eu cochilei mais como um animal do que como homem não sonhei,
na verdade meu sono foi negro. Acordei com um cochicho era Marcos e Justine:
- Você precisa fazer se quer
sobreviver, eu faria se não tivesse fodido como estou! – Eu percebi que eu
seria o próximo no cardápio já havia passado muito tempo desde que praticamos
antropofagia, e eu agora entendia o que Pedro quis dizer, sobre o Judas e sua
meretriz. Fingi continuar dormindo. Quando percebi que Justine ia pegar a faca
que Pedro portava, mais não achou. Eu me levantei.
- É isso que você busca,
vagabunda! – Falei ela ficou em pânico.
- Nilton, por favor, não faça...
– A interrompi.
- Não faça o que? Exatamente
o que em nossas mentes esta passando neste momento nesta comunidade de
pensamentos, bestiais que povoa a mente de coisas que um dia já foram humanos!
– Falei isso enquanto violentamente me joguei contra Mario e finquei a faca em
sua cabeça. Ele agonizou deu um ultimo suspiro e morreu, eu me agachei coloquei
as mãos sobre a cabeça, e comecei a chorar. Depois praticamos o mesmo ato
profano, depois dormi acordei com um barulho de escavadeira, homens com roupas
verdes lodo, botas e capacetes entraram na caverna, eu estava horrível parecia
uma besta, cabelos desgrenhados coberto de lama.
- Você esta bem, viemos
resgata-lo encontramos um carro nas proximidades. Do deslizamento, tem mais
alguém com você? – Eu estava meio grog.
- Hã... Não só eu. – Embaixo
dos meus pés haviam três cadáveres, soterrados por lama, meus amigos meu amor.