quinta-feira, 4 de julho de 2013

Caixa preta #1- Fome e Sangue

O blog agora vai ter um quadro chamado ''Caixa Preta'', onde nosso novo colaborador irá publicar contos de horror. Então sem mais demora entre na mente de Felipe Nunes o escritor do conto:

FOME E SANGUE

Nós éramos quatro, eu ,Justine, Mario e Pedro tínhamos uma vida feliz, sempre que podíamos saiamos para ter contato com a natureza, escaladas, rapel. E qualquer coisa que nos interessa-se como dizia Thoreau, só o contato com a natureza cria homens realmente puros.
Eu me chamo Nilton e namoro a Justine, nos conhecemos na faculdade de antropologia, Pedro estava se preparando para ser padre por vários motivos, a dificuldade em entender o mundo, a morte da mãe, a relação conflitante com o pai. Mario era dono de um supermercado, que herdou do pai que a propósito ele odiava aquele lugar, ele uma vez me disse que se possível em uma noite tocaria fogo naquele lugar e ficaria com o dinheiro do seguro. Bem eu é os caras éramos amigos desde infância. Justine assim que os conheceu também se tornou amiga deles, Pedro parece um emo às vezes com aquele jeito meio deprimido, já Marcos e ruivo e sardento eu bem sou um cara sem muito atrativo, branco cabelo meio crespo, em fim nada que se atrai uma mulher como Justine, parecia uma modelo, morena cabelos lisos, mais muito inteligente na verdade sempre na minha frente nas notas em tudo. Bem resolvemos acampar naquele final de semana, preparamos tudo comida, a barraca em fim todos os itens indispensáveis. Fomos o uma área densa, gostávamos de acampar em lugares de difícil acesso para nós só havia graça desta forma. Para que acampar em lugarzinho já conhecido cheio de outros campistas. Não isso não tinha graça. Nós finalmente chegamos a uma área pouco acessível era lindo sabe como o céu é quando não há luzes da cidade para ofusca-lo, magnífico eu vi constelações e estrelas, que nunca tinha visto, fizemos uma fogueira, e nos sentamos em volta, parecia um típico filme de terror cafona:
- Olha alguém aqui conhece a história do Wendigo? – Perguntou ele olhando para nos enquanto comia batatinhas fritas. Eu dei um bocejo já estava com um pouco de sono e coloquei meu braço em volta do ombro de Justine, Pedro olhou para ele, com uma cara de tédio:
- Outra lenda urbana idiota, que você conhece toda vez que nos reunimos e a mesma coisa cara! – Falou ele impaciente, Justine deu um sorriso e falou colocando as mãos próximas da fogueira:
- Hora eu amo as histórias que o Mario conta vai me fala, um pouco deste Wendi... Como é mesmo? – Falou ela rindo.
- Wendigo! Eu conheço essa lenda. – Falei abraçando ela um pouquinho mais forte. Mario me olhou com uma cara de raiva, ele queria surpreender todo mundo com os “terríveis” contos de terror. Eu deixei que ele contasse ia ate fingir surpresa para agrada-lo.
Ele começou bem eu já conhecia a história e sobre pessoas que ao praticar canibalismo são possessas por espíritos demoníacos e se tornam e bestas sedentas por sangue, e carne humana.  Eu ouvi a história Pedro resolveu ler a bíblia para resolver algumas questões de teologia, Justine estava achando meio sem graça mais preferiu fingir interesse, quando ele terminou eram mais ou menos 1 h 00 min. Eu já estava dormindo sentado quando ele terminou fomos dormi Pedro já dormia, o seu já estava meio nublado. Eu estranhei não percebi a mudança do clima de forma tão repentina. Fui dormi com Justine na barraca, já Mario ficou do lado de fora com Pedro. Eu quando dormi comecei a ter um estranho sonho onde uma besta aparecia e arrancava a cabeça de Mario, depois estraçalhava Pedro, estuprava Justine, e a devorava depois, quando a criatura de olhos vermelhos e pelo se virava para mim, eu dava um grito, ela não tinha se virado para mim e sim para um espelho eu era a besta. Acordei em pânico com o sonho, mais também com um baita trovão, e com Justine me chamando:
- amor acorda ta serio a situação lá fora! – Eu me levantei atordoado e vi que chovia forte, quando a barraca foi arrancada do chão e levada pelo vento, eu vi Pedro tentando arrumar as coisas dentro de uma mochila e Mario encolhido no saco de dormi:
- Temos que sair daqui! – Disse Pedro gritando, para podermos ouvir já que o barulho era muito alto da chuva e do vento, vinha um clarão der repente de relâmpagos, que clareavam tudo. Eu me lembrei de uma caverna perto do acampamento, Eu gritei para que todos me seguissem, Pedro deu um chute na bunda de Mario para ele se levantar e nos seguir. A barraca parecia um velho fantasma bailando sobre o vento e o brilho dos relâmpagos. Fomos ate a caverna era grande, mais meu erro é que não percebi que acima dela ficava um talude. Assim que entramos ele rompeu e um monte de areia e lama cobriu completamente a entrada. No desmoronamento uma pedra caio sobre a perna de Marcos que deu um grito. Nos o puxamos para longe da entrada. Pedro pegou uma lanterna para iluminar lá dentro que estava um breu desde que a saída foi encoberta. Todos estavam molhados e cobertos de lama, Mario gemia de dor. Fui examinar e vi que ele estava com uma baita torção.
- Pedro você trouxe a caixa de primeiros socorros com você?- Ele não me respondeu ele iluminava as paredes da caverna úmida, não havia desenhos, nem gravuras, era só uma caverna.
- PEDRO! – Eu gritei, ele me olhou e iluminou a perna de Mario. Abriu a mochila e tirou uma caixa laranja. E jogou para mim. Eu enfaixei a perna de Marcos. E depois fui até Justine para ver se ela estava bem.   Ela acenou com a cabeça enquanto colocava o casaco em forma de um bolo sobre a cabeça de Mario. Eu tentei com Pedro ver se conseguíamos abrir a saída, mais percebemos que se forçássemos de mais podíamos provocar outro deslizamento. E dessa vez sermos soterrados por completo. A noite passou nos acomodamos e tentamos ignorar os gemidos e lamurias de Mario, me abracei com Justine e pedi para Pedro ficar de vigia caso ouves se alguém La fora ou Mario precisasse de ajuda. Dormi abraçado com Justine seu cheiro era bom. Estávamos-nos com muito calor a caverna era quente e de certa forma apertada. Passou um dia contei pelo relógio pelo passar das horas, estava com fome e com sede, para piorar nossa situação Pedro se esqueceu de pegar a comida e a água. Eu cheguei a cogitar em minha mente em encher minha boca com aquela lama, mais não disse nada a ninguém. Depois de um tempo começamos a brigar por motivos bobos. Pedro entrou em atrito com Mario, por causa de ele esta rezando, e Mario resmungar alguma heresia.  Eu estava ficando preocupado, até Justine entrou em defesa do Mario. Eu tive que entrar para tentar apaziguar. Horas se passaram de silencio eu já não fazia mais ideia de quanto tempo estávamos naquela maldita caverna, a fome apertava, eu sentia cada vez mais desejo, de comer aquela lama.  Pedro fazia rezas mais desta vez meio sem sentido, ele misturava Dionísio, Cristo e Ala eu estava com medo. Quando percebi Justine estava com a cabeça de marco sobre seu colo. Eu por um momento pensei como o coração dela deveria ser saboroso. Pedro olhou para mim e sorriu. Eu me afastei para o canto. E cochilei, acordei com gritos, quando olhos Pedro esta com uma faca, tentando matar Marcos Justine me sacudindo pedindo minha ajuda. Eu me joguei contra Pedro que começou bolar comigo por cima do corpo de Marcos, nos bolávamos, sobre sua perna feria e ele gritava de dor, Pedro me dominou, e disse:
- Seu tolo, alguém deve morrer para termos mais um dia de vida, e devem ser o Judas, ele e sua meretriz! – apontando para Justine eu entrei em ira peguei uma pedra próxima e arrebentei sobre a cabeça, de Pedro ele caiu morto, eu me afastei, em pânico. Horas se passaram em silencio Justine se aproximou de mim me beijou.
- Você fez a coisa certa, ele estava louco. – disse ela me beijando. Mario estava ainda machucado. Eu olhei para ele e senti uma repulsa um ódio misturado com loucura. Mais horas naquela eternidade se passaram, Marcos disse:
- Eu tenho tanto nojo de fazer essa merda quanto vocês, mais todos aqui sabem que é necessário se quisermos sobreviver. – Ele apontou para o cadáver de Pedro, eu vomitaria se tivesse o que vomitar. Nós sedemos a bestialidade e a necessidade de sobreviver, devoramos cada pedaço de algo que antes foi nosso amigo. Depois de um tempo saciados eu cochilei mais como um animal do que como homem não sonhei, na verdade meu sono foi negro. Acordei com um cochicho era Marcos e Justine:
- Você precisa fazer se quer sobreviver, eu faria se não tivesse fodido como estou! – Eu percebi que eu seria o próximo no cardápio já havia passado muito tempo desde que praticamos antropofagia, e eu agora entendia o que Pedro quis dizer, sobre o Judas e sua meretriz. Fingi continuar dormindo. Quando percebi que Justine ia pegar a faca que Pedro portava, mais não achou. Eu me levantei.
- É isso que você busca, vagabunda! – Falei ela ficou em pânico.
- Nilton, por favor, não faça... – A interrompi.
- Não faça o que? Exatamente o que em nossas mentes esta passando neste momento nesta comunidade de pensamentos, bestiais que povoa a mente de coisas que um dia já foram humanos! – Falei isso enquanto violentamente me joguei contra Mario e finquei a faca em sua cabeça. Ele agonizou deu um ultimo suspiro e morreu, eu me agachei coloquei as mãos sobre a cabeça, e comecei a chorar. Depois praticamos o mesmo ato profano, depois dormi acordei com um barulho de escavadeira, homens com roupas verdes lodo, botas e capacetes entraram na caverna, eu estava horrível parecia uma besta, cabelos desgrenhados coberto de lama.
- Você esta bem, viemos resgata-lo encontramos um carro nas proximidades. Do deslizamento, tem mais alguém com você? – Eu estava meio grog.  

- Hã... Não só eu. – Embaixo dos meus pés haviam três cadáveres, soterrados por lama, meus amigos meu amor.
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